No dia a dia, vemos na prática que o estilo tradicional de fazer marketing é bem diferente do estilo digital de se pensar. O primeiro se baseia em modelos que, em tese, apontam caminhos, como uma bússola. O segundo é um monitoramento constante e funciona como um “radar”.
Hoje, é imprescindível se manter atento às tendências de mercado, aos fenômenos culturais e às mudanças de hábitos das pessoas. Uma conversa com os comerciantes locais ou uma volta pela cidade podem servir de inspiração. Por isso, estamos sempre identificando tendências e comportamentos que podem ser o ponto de partida para ações de growth.
O radar mostra não apenas o cenário, ele posiciona todos os elementos e variáveis determinantes para se traçar uma estratégia de sucesso: onde a marca está, onde os players estão e para onde os clientes estão seguindo. Marketing digital exige que fiquemos de olho nos dados da tela do radar, que, por sua vez, estão sempre em movimento. Quantos novos leads entraram neste mês? Qual foi o custo por clique de determinada campanha? Qual foi a taxa de conversão “daquela ação”? Quais os canais de melhor performance do mês passado, comparado ao mês corrente? O que deu certo ou o que deu errado? E assim por diante…
A mídia digital realmente não para e quem não se atualiza fica para trás.
De acordo com a Pesquisa Covid do Google e da Ipsos B2B, 77% dos profissionais de marketing B2B afirmam que o digital é sua principal estratégia de vendas. E, segundo previsões do mercado, o investimento em publicidade digital deve crescer mais de 60% até 2024, ou seja, a competição pela atenção das pessoas é acirrada. Diante desse cenário, fica a dúvida: como desenvolver uma estratégia digital que traga resultados?
Seja água, meu amigo
“Esvazie sua mente de modelos, formas, seja amorfo como a água”. Esta frase do famoso lutador de artes marciais e ator Bruce Lee muitas vezes serve como inspiração para a solução de alguns problemas em estratégias digitais. Isso mesmo! Sabe por quê? Simplesmente copiar o que dá certo para algumas marcas não significa que vai ser sucesso para outras.
Isto porque cada marca tem o seu DNA, sua maturidade, cultura digital, budget, público, ofertas, etc. “Você coloca a água em um copo, ela se torna o copo. Você coloca a água em uma garrafa, ela se torna a garrafa. Você coloca ela em uma chaleira, ela se torna a chaleira. A água pode fluir, a água pode destruir. Seja água, meu amigo”, explica Lee. Faz mais sentido para você agora?
Marketers make changes
Seth Godin, considerado por muitos o pai do Marketing Digital, diz que “Marketers make changes”. É verdade. Porém, mudar as coisas é demorado, trabalhoso e, muitas vezes, solitário. Promover a mudança significa envolver o tomador de decisão, mudar seu mindset e conduzi-lo por uma jornada. Muito mais do que marcar presença em uma timeline, esse trabalho é feito à base de dados, estratégias especificamente desenhadas e medição de resultados.
Dentre todas as mudanças que atingiram o setor de publicidade, a adaptabilidade é a mais importante de todas. O comportamento do consumidor muda cada vez mais rápido. E isso causa um impacto direto nas vendas.
Segundo estudos recentes, a confiança na marca é o principal fator de decisão na hora de contratar um serviço. Isso quer dizer que aquela conhecida prática de postar todos os dias se tornou obsoleta. Como mudar isso? Baseando as decisões nos resultados obtidos.
Porém, apenas 4 em cada 10 profissionais de marketing acreditam que é importante entender o ROI das campanhas. E olha que o ROI é apenas uma peça do quebra-cabeças. Falta uma compreensão maior da importância do trabalho de bastidor, desse estudo e análise.
Além de ajudarem a direcionar o esforço em marketing digital, os dados obtidos com as campanhas anteriores devem ser organizados de maneira que possam provar o sucesso de uma estratégia de forma compreensível. Eles oferecem insights sobre como as diferentes iniciativas de publicidade trabalham em conjunto para gerar conversões.
Processos e relatórios formam o radar dos novos negócios
Uma campanha B2B demora, em média, seis meses para atingir resultados concretos que possam servir de base para futuras decisões. Além disso, antes mesmo de publicar o conteúdo, deve-se estudar, conhecer e entender o cliente em profundidade. Com o tempo, aprendemos que o trabalho com marketing também tem um lado investigativo e consultivo.
Cada nova ação deve ser exaustivamente detalhada, cada novo clique deve ser estudado. Como está o site da empresa e sua presença nas mídias sociais? O que precisa ser melhorado para que o público entenda os objetivos do negócio? A linguagem usada é apropriada? O time de vendas está se comunicando com o pessoal do marketing? Como está o branding? Os símbolos, cores e valores ligados ao negócio ainda fazem sentido?
Tudo isso influencia o resultado e deve ser considerado. Afinal, também é trabalho do profissional de marketing garantir que a identidade esteja alinhada com a narrativa em torno da marca para que o público consiga, realmente, entender o valor do produto.
Adotamos a cultura do Growth Hacking, que é uma forma de trabalhar o crescimento do negócio do cliente com base em práticas melhores, que são construídas a partir de hipóteses e experimentos. Estamos sempre em movimento para acompanhar as mudanças sociais.
O senso de coletividade e a capacidade das marcas de ouvirem o consumidor são a nova realidade do mercado. Isso torna o trabalho mais humano, mais personalizado e mais social, fazendo com que o estudo pré e posterior às campanhas seja imprescindível.