Ao ouvir o Podcast #88 “Sendo ágil em projetos digitais: o método Scrum”, do CBN Professional, você fica com a expectativa de entender mais a respeito de métodos ágeis, entretanto, as reflexões nos levam à dura realidade de comparar o que deu certo no passado, versus o que dá certo no presente, em termos de formação profissional.
O podcast reforça a tese de que toda crise gera uma transformação profunda e, consequentemente, um forte impacto na zona de conforto do profissional. Vai além. Chega ao ponto de colocar em xeque a importância de se enfrentar o conceito de Lifelong Learning (aprendizado constante ao longo da vida).
A crescente competitividade no mercado de trabalho exige, sem dó, uma mudança de mindset profissional, que na época acadêmica ou mesmo de cursos de aperfeiçoamento, se viu num momento de aprendizado abundante, mas com prática escassa.
Independente das gerações ativas, dos Baby Boomers (nascidos a partir de meados dos anos 1940 e meados dos anos 1960) aos Centennials (nascidos a partir de 1997), o profissional hoje aprende enquanto pratica e pratica enquanto aprende. Foi mencionada a expressão “A gente tem que cozinhar e comer ao mesmo tempo”, pois sabemos bem que o aprendizado de hoje daqui a um ano estará defasado.
Mas onde o Scrum se encaixa em tudo isso? Scrum é um framework de gerenciamento de projetos, da organização ao desenvolvimento ágil de produtos complexos e adaptativos com o mais alto valor possível. É muito útil na na aceleração do feedback que nos ajuda a estar mais sintonizado com aquilo que o “cliente” precisa. Dessa forma, ele minimiza riscos de erros e assegura maior assertividade. Tudo é muito dinâmico, direto e atualizado.
O Scrum também tem uma ótica muito humana dos gestores. Faz o profissional pensar além da ferramenta de trabalho. Envolve quem está empenhado em determinada atividade ou projeto. Isso diz respeito a não fazer mais rápido, mas sim fazer da forma mais correta.
De fato, com tanta pressão por todos os lados, queremos produzir mais rápido ou de forma mais ágil? Existem pessoas que fazem coisas mais rápidas, mas não estão tão bem preparadas para os imprevistos. E aí mora o perigo. Assim como existem pessoas ágeis que tem a mente mais preparada para pensar, prever alguns obstáculos e obter resultados com êxito.
A discussão aqui pode até parecer óbvia, mas encontrar ou desenvolver perfis profissionais para trabalhar com métodos ágeis e dentro de um cenário de atualizações constantes tornou-se um dos grandes gargalos para as empresas. Pesquisas recentes mostram que grande parte dos candidatos às vagas de emprego e freelas são contratados por competências técnicas, mas são demitidos por questões comportamentais. O que pode corroborar com o descompasso entre aprender, praticar e se adaptar às exigências do mercado. Essa é uma equação a ser resolvida, mas ainda sem uma solução única.
Aqui na Pólvora, nós adotamos métodos ágeis e que desburocratizam os processos de trabalho. Batizamos de “Sprints semanais” a forma como atualizamos todos os nossos projetos e Jobs. Isso nos permitiu ter mais proximidade com a percepção e anseios de nossos clientes e, simultaneamente, com as nossas equipes. Mais do que isso, gerou um grau de satisfação, controle e assertividade sem precedentes.
Ao ouvir o podcast, tivemos ainda mais a certeza de estarmos no caminho certo ☺.