No ritmo acelerado das transformações digitais, executivos de marketing e diretores comerciais são desafiados a repensar estratégias para o engajamento de negócios. Com a ascensão de um mercado projetado em US$ 100 bilhões até 2025, segundo a Forrester Research, as comunidades B2B emergem como um elemento crítico para uma marca ir além da transação para construir um valor duradouro no relacionamento com seus stakeholders.
Comunidades B2B e o valor do relacionamento
A investida em comunidades próprias não é apenas uma estratégia de crescimento, mas um investimento no capital social da empresa. Especialistas em gestão de comunidade, como David Spinks, autor do livro “The Business of Belonging: How to Make Community your Competitive Advantage”, defendem a maximização do “ROI de relacionamento” — onde o retorno sobre o investimento vem em forma de relações profundas e não apenas em números de vendas.
Estratégias e práticas para o estabelecimento de comunidades:
- Interatividade face a face
Em um momento onde o relacionamento pessoal é cada vez mais valorizado, promover encontros presenciais torna-se um diferencial. Neste caso, os tradicionais cafés da manhã, almoços e happy hours, ganham os holofotes como um meio de cultivar relações genuínas e trocas profícuas de insights.
- Programa ‘Member Get Member’
Ao aproveitar a advocacia de membros existentes, é possível ampliar a comunidade organicamente, ressoando com os valores da marca. A chave está em equilibrar crescimento com integridade, assegurando que cada novo membro agregue valor ao ecossistema já existente.
- Comunicação customizada e multicanal
A sobrecarga informativa é um desafio constante. Por isso, a comunicação deve ser cirúrgica, entregando conteúdo de qualidade através de canais diversificados, de e-mails personalizados a plataformas interativas, garantindo que cada mensagem fortaleça o laço comunitário.
- Ambiente de diversidade e inclusão
Uma comunidade B2B próspera reflete a riqueza de seu setor, promovendo um ambiente onde a diversidade é mais do que bem-vinda — é essencial. Isto cria um espaço onde todos os membros sentem-se valorizados e, consequentemente, mais engajados.
A Implementação prática
Para dar vida a uma comunidade B2B, considere os seguintes passos iniciais:
Definição de objetivos claros: Toda comunidade precisa de uma missão e objetivos alinhados aos objetivos de negócio.
Escolha da plataforma certa: A tecnologia deve facilitar, e não complicar, a interação entre os membros.
Governança e conteúdo de qualidade: Uma liderança efetiva e conteúdo relevante são essenciais para manter a comunidade ativa e engajada.
Métricas e ajustes constantes: Estabeleça KPIs para monitorar a saúde da comunidade e esteja pronto para ajustar estratégias conforme necessário.
O estudo realizado pela Grand View Research corrobora a prosperidade iminente das comunidades B2B, destacando que a globalização e a digitalização das interações sociais são forças motrizes por trás de um mercado global que pode alcançar a marca de US$ 120 bilhões até 2028. Podemos questionar: estaríamos vivendo uma era dourada para as comunidades B2B?
Para as marcas que desejam solidificar seu lugar nesse futuro, a formação de uma comunidade dedicada não é mais uma opção, mas uma estratégia de sobrevivência. Os membros de hoje são os embaixadores de amanhã, os defensores da marca, e o alicerce sobre o qual o futuro da empresa é construído.
O momento para investir é agora!
Mario Soma