Manter uma comunicação consistente entre diferentes gerações no local de trabalho sempre exigiu esforço na linha do engajamento no ambiente comum de trabalho. Mas o modelo híbrido tornou isso mais desafiador em alguns aspectos.
Enquanto os Baby Boomers atingiram a maioridade em meio à turbulência da década de 1960 e conviveram com a Guerra do Vietnã, o movimento Hippie e a construção do Muro de Berlim, os Millennials lembram-se de atingir a maioridade com o surgimento da Internet, 11 de setembro e a “Grande Recessão”. Essas experiências, tanto pessoais quanto globais, moldam os indivíduos. Elas também afetam o comportamento, as preferências de comunicação e a maneira como as pessoas interagem no local de trabalho. Para tornar as coisas ainda mais complicadas, uma nova geração – Geração Z – está entrando no mercado de trabalho.
Cada geração tem uma preferência na forma de se comunicar
Embora seja importante tratar todos como indivíduos e não estereotipar com base em sua geração, existem algumas diferenças gerais a serem lembradas:
Baby Boomers (de 55 a 73 anos)
Essa geração abraçou a tecnologia digital, incluindo smartphones e mídias sociais, e também está abraçando as novas oportunidades que o trabalho remoto traz. Muitos estão optando por trabalhar remotamente após a aposentadoria. Os Baby Boomers podem estar mais preocupados com os riscos do trabalho pessoal durante uma pandemia, ou é mais provável que estejam em funções que podem ser desempenhadas remotamente.
Em geral, os Baby Boomers estão acostumados a hierarquias rígidas, estáveis e centralizadas. As tendências igualitárias e de escritórios abertos ainda não existiam quando entraram no mercado de trabalho. Eles tendem a esperar lealdade, respeito e obediência, mas para as gerações mais jovens esses valores precisam ser conquistados. Eles também querem manter as oportunidades de comunicação face a face sempre que possível.
Geração X (de 39 a 54 anos)
Embora não sejam nativos digitais, os colaboradores da Geração X provavelmente se sentirão confortáveis usando a tecnologia para comunicação no local de trabalho. Mais da metade (54%) diz que entende de tecnologia, de acordo com pesquisa da empresa de pesquisa global DDI. Embora essa geração tenda a ser negligenciada para promoções, eles desempenham um papel crítico na liderança, gerenciando relatórios mais diretos, permanecendo na empresa por mais tempo e assumindo cargas de trabalho mais pesadas. Eles tendem a permanecer nas mesmas posições por mais tempo do que os Millennials, com apenas 37% considerando sair para avançar em suas carreiras. Essa geração quer tecnologia que apoie seu desenvolvimento profissional.
Eles também preferem o coaching de um consultor ou instrutor externo, em vez de seu próprio gestor direto.
Millennials (de 23 a 38 anos)
Os Millennials querem trabalhar para uma empresa que adota a tecnologia para comunicação, mais do que as gerações anteriores. Em um relatório recente da CompTia, 71% disseram que a tecnologia influencia onde decidem trabalhar. Em geral, a geração do milênio quer tecnologia móvel que facilite a colaboração e o trabalho em equipe. Não surpreendentemente, eles estão liderando a adoção da tecnologia baseada em nuvem no local de trabalho.
A geração do milênio atingiu a maioridade em um momento instável da economia, por isso está acostumada a mudar frequentemente de emprego e até de carreira. Suas expectativas no local de trabalho costumam ser hesitantes e flexíveis. Eles colocam mais ênfase na saúde mental do que as gerações anteriores. Lealdade e obediência a uma empresa não são um dado, mas dependem do suporte contínuo. De acordo com a Pesquisa Millennial da Deloitte de 2021, 43% dessa geração espera mudar de emprego em 2 anos e apenas 28% planejam ficar mais de 5 anos.
Geração Z (22 anos ou menos)
Essa geração está apenas começando a entrar no mercado de trabalho. Eles nunca conheceram um mundo sem a internet e esperam que a tecnologia que usam no local de trabalho seja tão simples quanto os aplicativos que usam em casa. Eles preferem um local de trabalho que lhes permita usar seus próprios dispositivos, se possível. Também esperam que a comunicação entre as gerações no local de trabalho seja instantânea e habilitada pela tecnologia. Como os Millennials, a Geração Z está atingindo a maioridade em um momento incerto e provavelmente verá a flexibilidade e as frequentes mudanças de carreira como norma.
Desafios e oportunidades para cada geração no ambiente de trabalho
Embora muitas empresas tenham voltado ao modelo presencial, a maioria dos colaboradores espera poder trabalhar remotamente pelo menos parte do tempo. Está claro que o local de trabalho híbrido veio para ficar. Isso oferece desafios e oportunidades para cada geração.
Os Baby Boomers estão se ajustando, mas sentem falta de colaboração face a face.
A Geração X, do “filho do meio”, teme ficar invisível. Os colaboradores mais velhos que se aposentam estão levando à “Grande Demissão”. De qualquer forma, eles são flexíveis e esperam adotar novas tecnologias de comunicação para continuarem na ativa.
Como nativos digitais, os Millennials e a Geração Z tiveram mais facilidade para se ajustar às novas tecnologias. Eles se sentem à vontade para se comunicar online e muitos preferem a independência e a flexibilidade que o trabalho remoto traz.
No entanto, o isolamento do trabalho remoto criou problemas. As gerações mais jovens se beneficiam da orientação, pois são menos motivadas internamente do que as gerações anteriores. O trabalho remoto tornou as oportunidades de orientação mais difíceis. Também pode ser mais difícil para os gerentes expressar empatia em um ambiente totalmente remoto.
Como melhorar a comunicação entre gerações no local de trabalho
Entender como cada geração vê a tecnologia na comunicação e como recurso de produtividade, e também como prefere usá-la pode ajudá-lo a decidir quais ferramentas implementar para garantir que você atenda às necessidades de todos. Seguir essas dicas pode auxiliá-lo a apreciar as diferenças geracionais e até mesmo utilizá-las para melhorar a comunicação entre as gerações em seu local de trabalho:
- Defina expectativas em relação à cultura e ao comportamento no local de trabalho;
- Use diferentes tipos de comunicação;
- Personalize sua abordagem;
- Entenda as diferenças de valores e motivações;
- Pergunte, não assuma;
- Remova as barreiras à comunicação;
- Esteja disposto a ensinar e ser ensinado;
- Reconheça as diferenças.
A comunicação interna ganhou outro nível de importância durante a pandemia. Muitas mudanças não terão volta, mas precisam ser aprimoradas daqui em diante. Este é um problema que a sua empresa vem enfrentando?
Conte com o apoio de uma equipe de comunicação digital completa, multidisciplinar e focada nos objetivos de negócio da sua empresa. Agende um diagnóstico gratuito de 45 minutos com a gente!
Mário Soma
